Estamos em 2020, o que esperar?


Ano Novo, Silhueta, 2020, Músico, Saxofonista, Saxofone

Por Nicholas Merlone
sp. 04 jan / 2020

Um novo ano se inicia. Assim de repente estamos em 2020. O que esperar? O que vem pela frente? Muito se fala do que já se passou. Muito se fala sobre retrospectiva do ano anterior, que se foi e não está mais entre nós. Agora é hora de olhar para frente. Então, eis aqui algumas impressões deste singelo autor que vos fala! Pois bem! Avante!

De um lado, alguns apontam melhoras na economia brasileira: inflação controlada, juros baixos, desemprego em queda, cenário favorável a investimentos na bolsa de valores e fundos imobiliários, dentre outros.

Por outro prisma, se olharmos os preços dos produtos, nas prateleiras dos supermercados, das padarias, das lojas de conveniência de postos de gasolina, das feiras onde as senhoras fazem a compra do mês, dentre outros locais pitorescos, notamos um leve aumento dos preços das mercadorias. Um saco de arroz e outro de feijão, acompanhados de uma coca cola 'sem açúcar', de dois litros, e um pacote de ovos e uma travessa de carne, já não é tão em conta como pouco tempo atrás. Ocorre sim um leve aumento dos preços quase imperceptível...

Igualmente, os juros baixos se favorecem os investimentos na indústria e nos serviços, não diferente impulsionam o consumo das famílias e, como visto, acarretam o aumento da procura em detrimento da oferta, elevando os preços das mercadorias, a curto e médio prazos.

Além disso, apesar do que se diga quanto à queda do desemprego, a realidade é que a economia informal cresceu e muito! Não é raro vermos pelas ruas das cidades verde amarelas filas enormes de pessoas procurando emprego. Com isso, natural o aumento de vendedores ambulantes e barraquinhas disto e daquilo pelas calçadas próximas a pontos de ônibus e metrôs.

Também pode-se investir no mercado financeiro, como visto, em contraposição a esses elementos do quadro que se ilustra.

O que temos, na realidade, é uma aparente cena paradoxal. Porém, é necessário vê-la de modo integrado, harmônico e possível. Há a conciliação entre ideias opostas: os aspectos econômico e social. Apesar de mazelas sociais, ao mesmo tempo, temos progresso econômico. O objetivo que devemos buscar se trata da redução das desigualdades sociais e do desenvolvimento nacional, ao mesmo tempo.

Mais que medidas pontuais, é preciso investir no social (educação, saúde, alimentação, moradia, transporte, saneamento etc.) e em infraestrutura (estradas, ferrovias, portos e aeroportos e etc.), para promover o efetivo crescimento econômico, e a consequente diminuição da pobreza e aumento da inclusão social.

Por fim, investir na bolsa e em fundos não é pecado! Mas não se deve, por isso, descartar investimentos no âmbito social. Daí a relevância de que os mais ricos tenham o direito de usufruir de suas fortunas, desde que tenham uma preocupação social e de fato invistam também no bem do povo! Temos, portanto, a liberdade de empreender aliada à função social da empresa. Investir no social, além de agir com consciência e responsabilidade, é assimilar e praticar a compaixão, o altruísmo e a empatia pelo próximo. Tenho certeza que um jovem da periferia que receba uma oportunidade, e cresça com ela, será eternamente grato. Terá gratidão e reconhecerá no futuro a ajuda recebida, podendo até mesmo retribuí-la! Causa e efeito... Assim é a letra da música que toca a vida e o coração humano e o ideal, sem esquecer da razão e do pragmatismo!



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