Entenda a Reforma Tributária JÁ!


Por Nicholas Merlone
Sp. 16.10.2019.

No que concerne à Reforma Tributária, três propostas têm sido discutidas. A primeira, relativa à troca de impostos federais por um imposto sobre movimentação financeira. A segunda, acerca da instituição de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e, por fim, a terceira, qual seja: a simplificação tributária.

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Em se tratando do primeiro caso, impostos que tributam a produção, como o IPI (Imposto sobre a Propriedade Industrial), seriam eliminados. Em contraposição, permaneceria a tributação sobre a renda, como o IR (Imposto de Renda) e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Por esta proposta, seriam eliminados de 04 a 11 tributos e substituídos por um incidente sobre movimentações financeiras. Seus defensores argumentam que a medida não se compara à extinta “CPMF”, já que não há aumento de tributos, mas, sim, a substituição. Todavia, tal opção já foi descartada pelo governo.

Já quanto ao segundo caso, duas propostas de emendas constitucionais tramitam no Congresso Nacional. As duas propostas têm como denominador comum a troca de impostos e contribuições federais por um imposto unificado. Nesse sentido, na Câmara dos Deputados tramita a PEC 45/2019 e no Senado Federal, a PEC 110/2019.

A PEC do Senado privilegia os Municípios com o crescimento de suas participações na repartição dos tributos. Enquanto isso, a PEC da Câmara prevê maior flexibilidade em favor dos Estados-membros para estes conseguirem maior equilíbrio fiscal. As duas propostas preveem a substituição de diversos tributos pelo tributo do tipo IVA, conhecido como IBS (Imposto sobre operações com Bens e Serviços). Porém, as duas partem de perspectivas diversas. Em comum, tanto uma quanto outra extinguem o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Por sua vez, o teor da PEC da Câmara unifica 05 (cinco) impostos para instituir o IBS (Imposto sobre Operações com Bens e Serviço), que recai sobre o consumo e deve ter uma alíquota única de 25% para toda a economia.

Nessa direção, vale apontar que, na esfera da PEC da Câmara, o Instituto Escolhas discute proposta que pode gerar investimentos de R$ 7,15 bilhões e 218 mil empregos no Amazonas. Neste caso, a bioeconomia - tema abordado nesta quarta-feira (16 de outubro) em audiência pública na Comissão Especial que examina a PEC da Câmara -; baseia-se no uso sustentável dos recursos naturais. Desse modo, propõe-se um modelo de desenvolvimento econômico, baseado na inovação tecnológica e no uso sustentável da biodiversidade amazônica, o que contribuiria não só para a redução das desigualdades, como também para impulsionar o desenvolvimento sustentável.

Finalmente, conforme à terceira hipótese, ter-se-ia a integração entre processos administrativos e judiciais num primeiro momento. Além do término da requisição de certidão negativa para a contratação de empresas pelo setor público, bem como a extinção de requisitos para abrir e fechar empresas e, por fim, a compensação universal de créditos tributários.

Diante disso, acredito que a criação do IBS (Imposto sobre Operações com Bens e Serviços), bem como a simplificação burocrática e racional tributária, são medidas que devem ser adotadas para a melhoria das condições não só das empresas, mas, principalmente, do próprio povo.

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